domingo, 4 de abril de 2010

As lições de uma escola: uma ponte que leva pra longe


“A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir” (Campinas, SP: Papirus Editora – 2003), o livro do escritor Rubem Alves traz um conjunto de seis crônicas publicadas pelo autor no jornal Correio Popular de Campinas.
Rubem Alves já foi teólogo e militou na política, e há alguns anos se dedica a poetas e as crianças: escreve crônicas, livros infantis, dá palestras, viaja e têm experiências fantásticas como essa que ele vivenciou na Escola da Ponte, em Portugal.
O livro fala sobre uma educação diferente. Explica que “a educação é um caminho e um percurso”. Os caminhos existem para serem percorridos. Eles estarão sempre lá, mas só existem de verdade quando os percorremos. O caminho é composto pelas experiências de quem o percorre, é apenas uma proposta de trajeto, não um projeto, muito menos o nosso próprio projeto de vida.
A Escola da Ponte é um colégio que dá atenção aos seus alunos. Eles aprendem com a ideia de que exista realmente esse caminho. Aprendem a partir da experiência própria, pois acredita-se que uma pessoa só consegue aprender a partir de suas experiências de vida. Se um aluno no ato de aprender não souber unir a matéria que vem sendo pesquisada com seus conhecimentos gerais próprios e/ou exemplos do mundo que o cerca, ele logo esquecerá os conhecimentos que há pouco adquiriu.
Por outro lado, as escolas denominadas normais, são vistas, não como um lugar de ensino, e sim como uma prisão, onde os alunos ficam presos durante um período de tempo dentro de uma sala, calados, sendo obrigados a ouvir um professor falando de uma determinada matéria cujo interesse ele não tem. Sendo obrigados a “saber” um assunto para no fim do mês aplicar uma avaliação que testará seus conhecimentos sobre aquilo que ele nem aprendeu direito.
Nessas escolas cada um dos integrantes existentes são inferiores a outro. Os professores precisam fazer um programa de ensino e os alunos precisam seguir a essas regras. Os alunos mais CDF’s são muitas vezes os preferidos do professor, e esse muitas vezes não dá uma atenção especial para os que realmente precisam de sua ajuda. Ambos os membros seguem uma rotina tão organizada, que transforma um espaço que poderia ser agradável, já que eles precisam conviver nela a semana inteira, num espaço de grande insatisfação.
Por isso que a Escola da Ponte é tão diferente. Para começar ela não é vista como uma prisão. No seu interior não existe salas que dividem os alunos por séries. Cada criança pode ter quantos professores quiser, pois não existe um professor específico para cada matéria, e sim vários orientadores para cada “pesquisa”. Depois, a Escola da Ponte está bastante interessada não apenas no processo de conhecimento dos seus estudantes, mas também no processo psicológico de cada um deles. Para os adultos dessa escola, o aluno tem o direito de aprender vivendo, admirando-se, perguntando, espantando-se, descobrindo, errando, brincando. E para isso, é necessário que ele esteja de bem com a vida e consigo mesmo.
As crianças convivem num ambiente onde aprendem a solidariedade, a igualdade e a liberdade. Onde a criança que se julga mais conhecedora de um assunto pode ajudar uma menos experiente. Onde elas convivem uns com outros sem ter um pré-conceito das pessoas e das coisas. Onde elas podem exigir seus direitos sem ser julgadas por isso. Onde elas possam escolher o que querem estudar, formando um grupo de semelhantes com idades diferentes, mas que possuem o mesmo interesse. Onde elas têm o direito de usar os computadores para fazer as suas pesquisas relacionadas aos seus interesses e ouvir música para se concentrarem e trabalharem em silêncio. Onde qualquer criança é considerada capaz e digna de conquistar o mundo.
A Escola da Ponte é vista como uma passagem para o mundo que nos acerca. É um elemento importante para nos ajudar a ter conhecimentos sobre o que vamos ver lá fora. “Um espaço onde se vive o que se aprende e se aprende o que se vive.” Uma associação de interesses iguais, onde a criança não sai formada para o mundo, e sim pronta para o mundo.

Larissa Amada

domingo, 28 de março de 2010

O "voar" do sonho


Falando em “sonhos possíveis”, me lembrei de um sonho que se repetiu várias vezes em 2008. Eu sonhava que estava subindo em prédios, e depois que eu alcançava o topo de um dos prédios mais altos, eu me atirava lá de cima. Mas eu não caia. Eu flutuava. E ficava voando por um bom tempo. Só que eu tinha que me “recarregar” para continuar voando ou algo assim. Eu parava em cima de algum telhado e subia de novo para um lugar mais alto e novamente pulava e voava. Na cama eu conseguia sentir aquela sensação do “voar” do sonho. Aquela liberdade, aquele vento no rosto.
Seguidamente eu o encontrava na cama quando estava profundamente desacordada. Eu não entendia o porquê desse sonho. Ainda mais quando ele se repetia uma ou duas vezes por mês. No início do ano seguinte, dia 14 de janeiro de 2009, eu consegui realizá-lo, não do mesmo modo que eu via no sonho, mas com a mesma sensação que eu tinha.
Em janeiro de 2009, eu estava no Canadá fazendo intercâmbio, e no dia 14 fui com a escola de inglês e minha turminha de brasileiros “intercambistas” no Horseshoe Resort, onde poderíamos praticar o Ski e o Snowboard. Não sei se vocês já esquiaram. É uma das melhores sensações do mundo. Quando peguei o teleférico para subir a montanha, nem uma ideia me surgiu na cabeça. Mas quando comecei a descer tudo aquilo esquiando, lembrei-me do meu sonho. Exatamente a mesma sensação do “voar” do sonho, a mesma liberdade e aquele mesmo vento (gelado, de congelar!) no rosto. A partir disso, foi tão fácil esquiar e se acostumar com aquele trambolho enorme que eu carregava nos pés. Mas a “bateria” sempre terminava. Era rapidinho e eu já estava lá embaixo de novo. Sem problemas. Era só pegar o teleférico e logo estava curtindo a sensação de novo.
Meu sonho foi uma única vez real. Uma realidade que se tornou experiência para a vida inteira. E depois de ter sido realizada, nunca mais sonhei que estava voando. Talvez sonhe algum dia. Se eu não encontrar esse sonho de novo, vou atrás dele. Creio que voltarei a esquiar novamente, algum dia. Porque esquiar é bom. É uma sensação maravilhosa.

Larissa Amada

Um sonho possível


Sempre pensei em adotar uma criança ao invés de ter um filho. Acho uma ação muito bonita: pegar uma criança que já existe e que pode estar precisando de alguém que lhe dê atenção e, o que é mais importante, que tenha o amor de uma família.
Os contadores dizem que o número de pessoas cresce algebricamente enquanto sua alimentação continua crescendo aritmeticamente. Mas não é só por causa da comida que penso em adotar alguém. Esse é só um dos motivos. Não quero colocá-las aqui para sofrer, para viver junto com uma geração que estará sempre esperando por um futuro imprevisível e que, a meu ver, será pior do que o atual. Não é justo com as que nascerão. Talvez elas nunca tenham a mesma virtude que tivemos. A saúde, a educação e a segurança já viraram algo para nos preocuparmos. Então, que futuro terão as nossas crianças? Por que colocar mais crias nesse mundo?
Sempre pensei na adoção para não me comprometer com a piora do planeta. Mas depois do filme “Um sonho possível” passei a pensar em outro motivo. Um motivo que realmente é importante pensar. O filme conta a história de Michael Oher, um jovem negro vindo de um lar destruído e com um passado misterioso. Porém Oher consegue superar seus medos e seus diversos desafios a sua frente com a ajuda de uma família branca, de sua escola e do seu treinador de futebol, que acreditam no seu potencial. Essa ajuda, liderada por Leigh Anne, muda a vida de Michael. E conforme a própria Leigh afirma, muda a dela também. Esse é um motivo importante. Um motivo no qual eu nunca havia pensado antes. Ajudar alguém a mudar sua vida, e esse alguém mudar a tua própria vida. É uma troca. E essa troca me levou a pensar mais no assunto, embora eu ainda não tenha idade para isso.
O filme realmente me emocionou muito se for pensar por esse lado. E tem gente por aí comentando se a Sandra Bullock realmente mereceu o Oscar de melhor atriz. Eu não critico por esse lado. Quando assisto a um filme desses, fico estudando o perfil dos personagens, como se eu estivesse fazendo a consulta psicológica deles. E fico pensando o quão difícil foi para Michael Oher superar os desafios que o encaravam, afinal, é um filme baseado em fatos reais. Fico imaginando a história linda que aquela família construiu junto. Esse filme amadureceu minhas ideias. Antes eu achava que a adoção fosse útil para não colocar mais gente no mundo. Mas não é só isso. Para adotar é preciso doar-se. É preciso haver uma troca. É preciso mudar.

Larissa Amada

quarta-feira, 24 de março de 2010

A Mãe

Minha mãe nasceu há 49 anos. Ela completa hoje 49 anos de existência. Não é uma mulher famosa, que todos conhecem, mas ao menos ela conseguiu marcar a vida das pessoas com quem conviveu durante a vida. Não sei se acredito em destino. Não sei se acredito em missão. Se existe destino, o fim da minha mãe pode ter sido meio cruel. E se existe missão, bom, talvez ela tenha resolvido a dela. Minha mãe acreditava nisso. Destinos, missões. Nós viemos à terra para fazer alguma coisa. Para cruzar com alguns e mudar a vida de outros. Não sei qual era a missão da minha mãe. Não sei se ela sabia. Mas acho que no fim dá pra entender. Ainda é meio confuso. É como se perder num labirinto e não saber por que caminho andar. Mas guias ficaram pra me ajudar. Outras eu encontrei depois. Outras eu ainda vou encontrar. É o ciclo da vida. É o destino. Viemos para cruzar com alguns e para mudar a vida de outros. Ou, quem sabe, o outro bate de frente com a gente para mudar nossas vidas. É nada mais nada menos que nossa missão. Acho que acredito nela. Acredito em destino e missões.

Depois de muito tempo, vejo que sou bastante parecida com a minha mãe. Ela era tímida também. Quase não falava quando estava no meio de um grupo. Mas quando abria a boca... Ou falava besteira ou dava um corte nos outros. Minha mãe não precisava beber para sorrir abobada de tanta felicidade. Para ela bastava estar com as pessoas que ela mais amava por perto. E ainda comentava bem sorridente “Isso que eu nem comecei a beber ainda!”. Tinha um brilho naquele olhar quando sorria. Era o sorriso mais bonito da família dela. A mais nova, a mais decente. Era uma mulher encantadora. A única que servia de exemplo pra mim.
Apesar de toda essa felicidade que ela almejava e que sempre afetava as pessoas à sua volta, ela tinha um jeito acanhado que a incomodava um pouco. Quando algo a incomodava, ela se trancava dentro dela mesma. Parecia só que estava séria, ela não transparecia seus sentimentos tristes, só os oprimia. Já quando estava muito irritada, bom, que saíssem da frente, porque era bucha segurar aquela mãe furiosa. E eu só fui dar-me conta disso quando ela foi embora. Ela era ou 8 ou 80. Para mim ela estava sempre de bem com a vida, fora as neuroses dela. Não sabia que ela trancava seus sentimentos ruins. Descobri isso depois. Até hoje não sei direito o porquê de ela ter se separado do meu pai. Mas isso não importa agora. Importa que ela sofria muito sozinha.
Eu sou parecida. Minha timidez também atrapalha um pouco. As pessoas que não me conhecem direito me acham antipática. Todos os tímidos são vistos assim à primeira vista. Mas parando para refletir, notei que todo esse meu jeito quieto de ser, vem dela. Preciso melhorar e desabafar o que sinto para alguém sempre. Para não viver sozinha num mundo que é só meu como minha mãe vivia fazendo. Também tenho que cuidar meus números. Preciso me manter sempre entre o 8 e o 80, longe dos extremos. É preciso estar sempre controlando a si mesmo.
Tenho descoberto como minha mãe era através dos amigos dela. Enquanto isso, tento me descobrir. Há muitas coisas que temos em comum, não tem como negar. Mas as coisas podres eu não quero. Não irá fazer de mim uma pessoa boa. Estou pegando as coisas boas dela e botando o resto no lixo. Vale a pena usar o que é bom dela. Quem conheceu a minha mãe sempre comenta: “Como tu és parecida com a tua mãe”. Isso é um elogio. Ela foi um exemplo. Há pouco tempo lembrei que ela era bem vaidosa. Isso eu não peguei dela. Prefiro me vestir mais a vontade como meu pai faria. Já a paciência dela sempre foi muito admirada no meu ponto de vista. Eu era uma pirralha tinhosa e gosto de provocar vários amigos e parentes até hoje. E ela sempre foi paciente ao lidar comigo e com a minha irmã. Essa admirável paciência eu roubei dela. O jeito minucioso de ela fazer as coisas, com jeitinho, com paciência. Lentamente ela sempre terminava o seu trabalho e o fazia bem feito.
Outra coisa admirável era a sua determinação. Uma mulher decidida e que levava fé nas coisas que eram possíveis. Sempre demonstrava que nós tínhamos que lutar quando estivéssemos em campo. Pois um dia poderíamos levantar a nossa bandeira da vitória (ou da derrota!) com orgulho. E o orgulho! Ela era muito orgulhosa. Sempre elogiava suas filhas para os amigos. Se entregava para a paixão que tinha pela gente. E não importa onde ela esteja agora, sei que ela se sente de alguma forma orgulhosa por saber que suas filhas estão bem, estão encaminhadas, estão se decidindo e lutando pelo o que querem. Sei que ela viajou contra a vontade. Ela se assustou no inicio e não quis nos deixar, estava sempre por perto. Quando viu que nós podíamos continuar sem ela, surgiu o alívio. Ela saiu do nosso mundo e fez a travessia.
Seu último desejo talvez esteja se realizando. Acho que ela queria isso mesmo da gente. Ela nunca quis nos mostrar o caminho certo, sempre quis que a gente o escolhesse. E estamos escolhendo, eu e a Raquel. E ela sabe disso. Eu sei que sabe. Por que mesmo tendo ido embora, ela sempre procura pela gente. Mesmo longe, sempre consigo encontrá-la. Num pensamento, numa lembrança, em algum lugar do passado. Ela está sempre lá. Sinal de que ela fez parte da vida e de alguma forma ainda está conectada conosco. Me dando uma luz. Torcendo por mim.

Larissa Amada

terça-feira, 16 de março de 2010

Perdoem a vitória

Tenho me sentido totalmente desnorteada. Talvez algum dia eu aprenda que não devo esperar nada de ninguém, porque as pessoas sempre podem colocar o pé pra eu tropeçar e cair. Assim me machuco feio. As pessoas são cruéis. Um dia me tratam de um jeito super bacana e no outro simplesmente viram as costas e me deixam.
Mas calma, estou me adiantando. As pessoas planejaram uma guerra. Transformaram o MEU mundo em uma guerra. Tudo para vencerem o inimigo e poderem ficar com a vitória. Só que essas pessoas guerreiras viram que podiam lutar pela paz e abandonaram a vitória. Aquela vitória não era boa. Pra chegar até ela tinha que haver muito sangue, então ela não poderia ser perfeita. E ela não é, meus amigos. Ela não é. A vitória não pode ser perfeita se causa tanta dor e sofrimento às pessoas que praticam a guerra para possuí-la. A vitória leva as pessoas a terem perdas. Só que quem saiu perdendo dessa vez foram os dois lados: As pessoas e a vitória.
Bom, vamos ver se vocês entendem essa parte. Pela paz, as pessoas desistiram da vitória. Só que essas pessoas nunca encontrarão a paz. As pessoas podem fazer guerra e encontrar a vitória. Mas com a paz é diferente. Ela está localizada dentro de cada pessoa. Então é mais fácil possuí-la. As pessoas só precisam fazê-la. Elas podem fazer a paz e não precisarão encontrá-la.
Agora as pessoas que guerreavam de lados opostos, estão lado a lado. Com isso, a vitória sentiu o que todos sentiam. A vitória notou que ela mesma não é perfeita. Como poderia ser perfeita, se causa tanta dor e sofrimento às pessoas que praticam a guerra para possuí-la? A vitória leva as pessoas a terem perdas. Só que quem saiu perdendo dessa vez foi só ela: A vitória.
Apesar de todo esse mal da vitória, ela tem um pouco de sorte. Ela não sabe disso. Deixem que ela descubra sozinha. Enquanto ela se conhece melhor, ela mesma descobrirá. Não entenderam, né? Bom, eu explico. A sorte da vitória é que há pessoas que praticam a paz e que ainda querem encontrá-la. Ainda lutam por ela. Só que lutam sem fazer a guerra. Essas pessoas são inteligentes, porque somente elas sabem que se todas as outras pessoas fizerem a paz como elas estão fazendo, todas elas irão encontrar e possuir a mesma vitória. Aquela mesma vitória que não é perfeita. Mas que agora descobre o quão perfeita pode ser, se as pessoas souberem de que forma poderão encontrá-la e possuí-la.
Tomara que essas pessoas inteligentes eduquem as menos capazes, que acham que só se encontra a vitória guerreando, ensinando-as que também é possível possuí-la pelo caminho da paz. Espero que essas pessoas resolvam o que têm pra resolver entre elas. Sei que também virei as costas pra elas algumas vezes. Não foi minha intenção. Só que no caso delas foi. Posso ter errado e ter feito essas pessoas se magoarem. Não foi minha intenção. Só que eu não pretendo colocar o pé pra fazer vocês caírem. Quem fará isso será o destino. Ou a paz talvez. Odeio essa paz. Mas isso é porque ainda não descobri que estou com sorte.

Larissa Amada

sexta-feira, 12 de março de 2010

The climb

I can almost see it
(Quase posso ver)
That dream I'm dreaming
(Esse sonho que estou sonhando)
But there's a voice inside my head saying
(Mas há uma voz dentro da minha cabeça dizendo)
“You'll never reach it”
(“Você nunca vai alcançá-lo”)

Every step I'm taking
(Cada passo que estou dando)
Every move I make
(Cada movimento que eu faço)
Feels lost with no direction
(Parece perdido sem nenhuma direção)
My faith is shaken
(Minha fé está abalada)
But I, I gotta keep trying
(Mas eu, eu tenho que continuar tentando)
Gotta keep my head held high
(Tenho que manter minha cabeça erguida)

There's always gonna be another mountain
(Sempre haverá outra montanha)
I'm always gonna wanna make it move
(Eu sempre vou querer movê-la)
Always gonna be an uphill battle
(Sempre vai ser uma batalha difícil)
Sometimes I'm gonna have to lose
(Algumas vezes eu vou ter que perder)
Ain’t about how fast I get there
(Não é sobre o quão rápido eu chegarei lá)
Ain’t about what's waiting on the other side
(Não é sobre o que está esperando do outro lado)
It's a climb
(É a subida)

The struggles I'm facing
(As lutas que estou enfrentando)
The chances I'm taking
(As oportunidades que estou tendo)
Sometimes might knock me down
(Algumas vezes podem me derrubar)
But no, I'm not breaking
(Mas não, não estou desistindo)
I may not know it
(Eu posso não saber disso)
But these are the moment that
(Mas são esses os momentos que)
I'm gonna remember most and
(Eu vou mais lembrar e)
Just gotta keep going
(Só tenho que continuar)
And I, I got be strong
(E eu, eu tenho que ser forte)
Just keep pushing on
(Apenas continue empurrando)

Cause there's always gonna be another mountain
(Porque sempre haverá outra montanha)
I'm always gonna wanna make it move
(Eu sempre vou querer movê-la)
Always gonna be an uphill battle
(Sempre vai ser uma batalha difícil)
Sometimes I'm gonna have to lose
(Algumas vezes eu vou ter que perder)
Ain’t about how fast I get there
(Não é sobre o quão rápido eu chegarei lá)
Ain’t about what's waiting on the other side
(Não é sobre o que está esperando do outro lado)
It's a climb
(É a subida)

There's always gonna be another mountain
(Sempre haverá outra montanha)
I'm always gonna wanna make it move
(Eu sempre vou querer movê-la)
Always gonna be an uphill battle
(Sempre vai ser uma batalha difícil)
Sometimes you're gonna have to lose
(Algumas vezes vocês vão ter que perder)
Ain’t about how fast I get there
(Não é sobre o quão rápido eu chegarei lá)
Ain’t about what's waiting on the other side
(Não é sobre o que está esperando do outro lado)
It's a climb
(É a subida)

Keep on moving
(Continue em movimento)
Keep running
(Continue correndo)
Keep the faith, baby
(Mantenha a fé, querido)
It's all about
(É tudo sobre)
It's all about the climb
(É tudo sobre a subida)
Keep the faith
(Mantenha a fé)
Keep your faith
(Mantenha a sua fé)

Miley Cyrus

Prefira viver situações surpreendentes

Levar a vida na rotina é viver previsivelmente, o que é normal. Porém o mais importante é passar por momentos que despertem as nossas emoções. Os momentos surpreendentes são especiais pelo simples fato de eles se destacarem de alguma forma mudando o nosso dia a dia e por nos proporcionarem no final uma experiência nova, baseada em emoções ou em aprendizagem.
Houve uma vez uma situação bastante surpreendente que aconteceu comigo mesma. Eu estava indo viajar com a minha turma da faculdade num final de semana. Minha tia me levou até o estacionamento da PUC, de onde o ônibus iria sair. Como ele não havia chegado ainda, decidi dar uma olhada no prédio, para ver se já tinha algum colega meu no local de embarque. Deixaria meus pertences no carro e depois voltaria para carregar tudo de uma vez só. Fechei as portas do carro e fui saindo. Notei que minha tia havia ficado para trás, foi quando ela me alertou que a chave havia ficado dentro do carro. Para resolver a situação foi uma correria, mas no final consegui embarcar com as malas.
Isso foi uma situação imprevisível que nos deixou nervosas na hora do incidente e aliviadas quando acabou. Foi um momento que nos surpreendeu, mexendo com nossas emoções. O fato de a chave ter ficado trancada no carro não serviu apenas para nos tirar da rotina. Ela também nos trouxe uma nova experiência, que nos sugere estar com a chave à mão antes de trancar as portas. É uma sugestão óbvia, mas que causa muito estresse se não for levada em consideração.
Vivemos em função daquilo que nos cerca, logo já estamos acostumados a viver nesse tédio ou estresse do dia a dia. Portanto, sair da rotina que nos engole dia pós dia faz bem. Devemos vivenciar situações que nos surpreendam, sendo elas boas ou ruins, mas que nos trazem experiências que servirão para toda uma vida.

Larissa Amada

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um dia você aprende que...

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo.
E é importante saber para onde você está indo, porque se não souber, então qualquer lugar lhe servirá.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute, quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve, e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ame com tudo que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar,
se não fosse o medo de tentar.

William Shakespeare

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Depois do pior acontecimento da minha vida

Depois do pior acontecimento da minha vida
Eu parei, me tornei frágil diante da vida.
Depois do pior acontecimento da minha vida
Nada mais fazia sentido pra mim.
Tudo piorou, porque dentro de mim
Só tinha espaço para tristeza
E do lado de fora
Eu não via mais nada.
Quem eu muito amei, saiu do palco da vida
E não volta mais.

Depois do pior acontecimento da minha vida
Descobri que tinha que me curar
Para poder continuar seguindo em frente
Porque o mundo só nos julga
Não nos olha com cara de pena
Por pior que seja a nossa situação
Temos que aprender a erguer a cabeça
E continuar andando
Pois ainda tem muito pela frente
A vida é uma longa escalada.

Depois do pior acontecimento da minha vida
Aprendi que a vida continua
Continuamos aprendendo e errando
Continuamos conhecendo novas pessoas
Continuamos nos decepcionando
Continuamos vivendo...

Depois do pior acontecimento da minha vida
Descobri que mesmo tendo levado
Uma pancada na cabeça
Posso me superar.
Há coisas piores no mundo
Viver é difícil
E exige muito da nossa capacidade
Se não somos fortes
E não nos adaptamos
Morremos.

Depois do pior acontecimento da minha vida
Descobri que ainda posso ser feliz
Porque a vida não acaba.
Descobri que o normal
É levar a vida na loucura
E que é importante nos reinventar.
Descobri que posso valorizar as coisas mais banais
E rir muito por causa disso.

Descobri que os amigos são preciosos
E que eu posso confiar neles a qualquer momento
Contar os segredos mais emocionantes da vida
E também aqueles que eles e mais ninguém poderia saber...
Descobri que ainda terá bastante gente
Querendo me confortar e também querendo minha amizade
Chamando atenção e brigando quando necessário.
Aprendi que ainda posso enfrentar problemões
Mas ter a capacidade muito grande de
Levantar, agitar a poeira e dar a volta por cima
Pois depois do pior acontecimento da minha vida
Nada mais é tão ruim
E força pra mim é o que não falta

Vivenciei a mais pura alegria de uma criança
Que cresce e amadurece.
Obtive uma festa surpresa
E descobri que um festão não precisa ser
Somente quando fazemos 15 anos
Pode ser para qualquer idade
Ou em qualquer momento
Para as mais diversas comemorações.

Aprendi que ainda teria muita gente por quem me estressar
Alguém pra odiar
Alguém pra xingar
Alguém pra me fazer sofrer
Alguém por quem chorar
Alguém como os amigos!
Amigos! Simplesmente vocês...
Por quem posso me apaixonar
Que posso amar
Que completam o meu vazio
Que posso confiar
Que me fazem feliz
Que servem pra todos os momentos
Que me surpreendem!
Alguém como vocês!

Larissa Amada

Ironia

Parece ironia do destino
quando, em vez de sorte
apenas mais um abraço forte
aparece a morte no meu caminho.
Morte de uma pessoa querida
traz angústias para a vida
dos que ficam na solidão
com saudades no coração.

Larissa Amada

Vamos desenvolver um altruísmo perigoso


O mundo é o necessitado que se apresenta

Há uma fábula que conta a terrível violência que ocorre com certo homem que descia de Jerusalém para Jericó. Ele veio a cair nas mãos de salteadores, e por isso, depois de tudo lhe roubarem, foi deixado sozinho no meio da estrada com muitos ferimentos, semi-morto. Alguns viajantes que passaram por ali viram o homem ferido e caído ao chão, mas nada fizeram para ajudar ele. Em seus pensamentos surgiu a dúvida: “O que vai ser de mim se eu ajudar este homem?”. E então passavam ao largo.
Certo Samaritano, que seguia o seu caminho, passou perto e vendo-o, seu pensamento foi: “Se não ajudar este homem, o que será dele?”. O samaritano chegou perto, tratou lhe as feridas, colocou-o sobre seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele.
O doente do caminho foi apresentado ao bom samaritano, pois o primeiro era o que precisava de ajuda e o segundo era o que podia ajudar. Assim é a situação do nosso mundo real. O Planeta Terra está pedindo ajuda e nós podemos de alguma forma ajudá-lo. Parece ironia, mas os animais irracionais já estão desesperados com o que está acontecendo no mundo há muitos anos e nós que somos a única espécie racional, não estamos nem aí para tudo isso. Só porque somos adaptáveis e não estamos morrendo, então todo mundo acha que isso é pura fantasia de biólogos e pessoas cientes desse problema? Acho que não é não. É a mais pura realidade.
O planeta vem pedindo a nossa ajuda, mas o ser humano só sabe derrubar suas árvores, matar seus animais ecológicos, desperdiçar sua água e energia elétrica, desmatar tudo para construções, poluir com fábricas, carros, lixos, sons... Enfim, destruir seu maior bem comum. Fizemos tanto, que tudo o que temos é um risco muito grande de desestabilidade em grande escala dos ecossistemas do planeta.
Porque então não damos uma de bom samaritano? Se o planeta terra é o necessitado que se apresenta porque não ajudá-lo? Nós podemos fazer alguma coisa pra mudar isso. Há pouco eu era criança e achava o mundo maravilhoso. Ele era bonito, especial com o seu colorido. Havia árvores, flores e cachoeiras. As pessoas eram bondosas, honestas e se cumprimentavam nas ruas. Onde está tudo isso? Como cresci, parece que acordei do meu sonho e o mundo inteiro apenas se tornou uma decepção. Grande decepção. Não quero conviver com esses egoístas. Quero continuar dormindo. Ou então, ir pra bem longe, num planeta vizinho onde haja um mundo melhor do que aquele que eu sonhei. Infelizmente, isso não é possível. Tive que aceitar com a cabeça erguida esse mundo feio, cinza e com um verde cada vez mais extinto. Com pessoas ruins que não se respeitam, pessoas que não agradecem, que só sabem olhar pro seu próprio nariz e botar defeito no rabo dos outros. Pessoas egoístas. Pessoas que fizeram com que eu me decepcionasse amargamente com o meu mundo infantil.
O engraçado é que esses egoístas são gente boa. Tem certa bondade em seus corações afinal. Por isso, pensei que podíamos desenvolver um altruísmo. Só que é um altruísmo perigoso, pois deve ser o total da soma de todos nós, e ainda envolve nosso planeta. Porque é ele quem está doente. Ele que precisa de ajuda. E nós precisamos nos ajudar. Não adianta a minoria trabalhar e a outra maioria ficar sentada assistindo e ainda por cima criticando. Vocês sabem do que estou falando. É só pensar no nosso governo. Minoria, que vocês chamam de políticos ladrões. Maioria, o povo que fica sentado olhando e criticando, mas que não faz nada. Esses ladrões estão se dando bem. Se aproveitam da gente, mas conseguem o que querem. E nós? Quando conseguiremos o que queremos? Quando seremos capazes de fazer um mundo melhor? Precisamos fazer alguma coisa que valha a pena por ele. Porque só estamos nos matando. Precisamos evoluir. Não só na tecnologia e na ciência. Precisamos nos conscientizar. Queremos mais. Queremos próximas gerações. Filhos que vão continuar no mundo tendo o prazer de viver e seguir com o que deixamos a eles. Não queremos deixá-los às moscas. Parece que o Brás Cubas sempre teve razão. O fato de ele nunca ter tido um filho, seria o mesmo que “não transmitir a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Salvar o mundo é meu grande sonho agora. Mas não posso realizá-lo sozinha. Preciso da ajuda de milhares de brasileiros e milhares de pessoas do mundo inteiro. Milhares de bons Samaritanos para ajudar apenas um necessitado. Se não isso, não restará nada.

Larissa Amada

“[...] Nos acorda, nos sacode e nos faz pensar na pequenez e na fragilidade de nosso planeta, ao mesmo tempo que realça sua importância. Isso não é do interesse daqueles que por egoísmo extremo usam a Terra como uma esponja que se espreme até não sobrar nada para ninguém. Não se deixe enganar! Exija o respeito ao meio ambiente que nosso planeta merece. Lembre-se de que ele não é um produto descartável, mas uma jóia bela e rara, que precisa ser preservada intacta para as futuras gerações.”