segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Vamos desenvolver um altruísmo perigoso


O mundo é o necessitado que se apresenta

Há uma fábula que conta a terrível violência que ocorre com certo homem que descia de Jerusalém para Jericó. Ele veio a cair nas mãos de salteadores, e por isso, depois de tudo lhe roubarem, foi deixado sozinho no meio da estrada com muitos ferimentos, semi-morto. Alguns viajantes que passaram por ali viram o homem ferido e caído ao chão, mas nada fizeram para ajudar ele. Em seus pensamentos surgiu a dúvida: “O que vai ser de mim se eu ajudar este homem?”. E então passavam ao largo.
Certo Samaritano, que seguia o seu caminho, passou perto e vendo-o, seu pensamento foi: “Se não ajudar este homem, o que será dele?”. O samaritano chegou perto, tratou lhe as feridas, colocou-o sobre seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele.
O doente do caminho foi apresentado ao bom samaritano, pois o primeiro era o que precisava de ajuda e o segundo era o que podia ajudar. Assim é a situação do nosso mundo real. O Planeta Terra está pedindo ajuda e nós podemos de alguma forma ajudá-lo. Parece ironia, mas os animais irracionais já estão desesperados com o que está acontecendo no mundo há muitos anos e nós que somos a única espécie racional, não estamos nem aí para tudo isso. Só porque somos adaptáveis e não estamos morrendo, então todo mundo acha que isso é pura fantasia de biólogos e pessoas cientes desse problema? Acho que não é não. É a mais pura realidade.
O planeta vem pedindo a nossa ajuda, mas o ser humano só sabe derrubar suas árvores, matar seus animais ecológicos, desperdiçar sua água e energia elétrica, desmatar tudo para construções, poluir com fábricas, carros, lixos, sons... Enfim, destruir seu maior bem comum. Fizemos tanto, que tudo o que temos é um risco muito grande de desestabilidade em grande escala dos ecossistemas do planeta.
Porque então não damos uma de bom samaritano? Se o planeta terra é o necessitado que se apresenta porque não ajudá-lo? Nós podemos fazer alguma coisa pra mudar isso. Há pouco eu era criança e achava o mundo maravilhoso. Ele era bonito, especial com o seu colorido. Havia árvores, flores e cachoeiras. As pessoas eram bondosas, honestas e se cumprimentavam nas ruas. Onde está tudo isso? Como cresci, parece que acordei do meu sonho e o mundo inteiro apenas se tornou uma decepção. Grande decepção. Não quero conviver com esses egoístas. Quero continuar dormindo. Ou então, ir pra bem longe, num planeta vizinho onde haja um mundo melhor do que aquele que eu sonhei. Infelizmente, isso não é possível. Tive que aceitar com a cabeça erguida esse mundo feio, cinza e com um verde cada vez mais extinto. Com pessoas ruins que não se respeitam, pessoas que não agradecem, que só sabem olhar pro seu próprio nariz e botar defeito no rabo dos outros. Pessoas egoístas. Pessoas que fizeram com que eu me decepcionasse amargamente com o meu mundo infantil.
O engraçado é que esses egoístas são gente boa. Tem certa bondade em seus corações afinal. Por isso, pensei que podíamos desenvolver um altruísmo. Só que é um altruísmo perigoso, pois deve ser o total da soma de todos nós, e ainda envolve nosso planeta. Porque é ele quem está doente. Ele que precisa de ajuda. E nós precisamos nos ajudar. Não adianta a minoria trabalhar e a outra maioria ficar sentada assistindo e ainda por cima criticando. Vocês sabem do que estou falando. É só pensar no nosso governo. Minoria, que vocês chamam de políticos ladrões. Maioria, o povo que fica sentado olhando e criticando, mas que não faz nada. Esses ladrões estão se dando bem. Se aproveitam da gente, mas conseguem o que querem. E nós? Quando conseguiremos o que queremos? Quando seremos capazes de fazer um mundo melhor? Precisamos fazer alguma coisa que valha a pena por ele. Porque só estamos nos matando. Precisamos evoluir. Não só na tecnologia e na ciência. Precisamos nos conscientizar. Queremos mais. Queremos próximas gerações. Filhos que vão continuar no mundo tendo o prazer de viver e seguir com o que deixamos a eles. Não queremos deixá-los às moscas. Parece que o Brás Cubas sempre teve razão. O fato de ele nunca ter tido um filho, seria o mesmo que “não transmitir a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Salvar o mundo é meu grande sonho agora. Mas não posso realizá-lo sozinha. Preciso da ajuda de milhares de brasileiros e milhares de pessoas do mundo inteiro. Milhares de bons Samaritanos para ajudar apenas um necessitado. Se não isso, não restará nada.

Larissa Amada

“[...] Nos acorda, nos sacode e nos faz pensar na pequenez e na fragilidade de nosso planeta, ao mesmo tempo que realça sua importância. Isso não é do interesse daqueles que por egoísmo extremo usam a Terra como uma esponja que se espreme até não sobrar nada para ninguém. Não se deixe enganar! Exija o respeito ao meio ambiente que nosso planeta merece. Lembre-se de que ele não é um produto descartável, mas uma jóia bela e rara, que precisa ser preservada intacta para as futuras gerações.”

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