domingo, 28 de março de 2010

O "voar" do sonho


Falando em “sonhos possíveis”, me lembrei de um sonho que se repetiu várias vezes em 2008. Eu sonhava que estava subindo em prédios, e depois que eu alcançava o topo de um dos prédios mais altos, eu me atirava lá de cima. Mas eu não caia. Eu flutuava. E ficava voando por um bom tempo. Só que eu tinha que me “recarregar” para continuar voando ou algo assim. Eu parava em cima de algum telhado e subia de novo para um lugar mais alto e novamente pulava e voava. Na cama eu conseguia sentir aquela sensação do “voar” do sonho. Aquela liberdade, aquele vento no rosto.
Seguidamente eu o encontrava na cama quando estava profundamente desacordada. Eu não entendia o porquê desse sonho. Ainda mais quando ele se repetia uma ou duas vezes por mês. No início do ano seguinte, dia 14 de janeiro de 2009, eu consegui realizá-lo, não do mesmo modo que eu via no sonho, mas com a mesma sensação que eu tinha.
Em janeiro de 2009, eu estava no Canadá fazendo intercâmbio, e no dia 14 fui com a escola de inglês e minha turminha de brasileiros “intercambistas” no Horseshoe Resort, onde poderíamos praticar o Ski e o Snowboard. Não sei se vocês já esquiaram. É uma das melhores sensações do mundo. Quando peguei o teleférico para subir a montanha, nem uma ideia me surgiu na cabeça. Mas quando comecei a descer tudo aquilo esquiando, lembrei-me do meu sonho. Exatamente a mesma sensação do “voar” do sonho, a mesma liberdade e aquele mesmo vento (gelado, de congelar!) no rosto. A partir disso, foi tão fácil esquiar e se acostumar com aquele trambolho enorme que eu carregava nos pés. Mas a “bateria” sempre terminava. Era rapidinho e eu já estava lá embaixo de novo. Sem problemas. Era só pegar o teleférico e logo estava curtindo a sensação de novo.
Meu sonho foi uma única vez real. Uma realidade que se tornou experiência para a vida inteira. E depois de ter sido realizada, nunca mais sonhei que estava voando. Talvez sonhe algum dia. Se eu não encontrar esse sonho de novo, vou atrás dele. Creio que voltarei a esquiar novamente, algum dia. Porque esquiar é bom. É uma sensação maravilhosa.

Larissa Amada

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